Após consulta ao TRE, João Maia propõe novas estratégias
O parlamentar pretendia se aliar ao PMDB, que não vai formalizar aliança majoritária, na disputa para as vagas de deputado federal e estadual, o que a Justiça não permitiu. Em nota enviada à imprensa, ontem, Maia disse que vai voltar a conversar com outros partidos.
"A decisão do Tribunal Regional Eleitoral veio de encontro a algumas convicções do partido e nos leva a uma nova rodada de conversas e negociações com os outros partidos aliados", afirmou o deputado, que reforçou seu compromisso de se aliar à base de Lula no Estado.
Em entrevista à Rádio Caicó, João Mauá, que apóia a candidatura do vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) à sucessão estadual, disse que acha difícil o deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente estadual do PMDB, compor com algum partido que não pertença à base aliada do presidente Lula (PT) no Estado.
O republicano informou que vai se reunir com Henrique, Iberê e representantes do PT para discutir a situação das legendas. "Nós não podemos cobrar do deputado Henrique um sacrifício muito grande, que seria, pra cumprir o acordo que tem com Garibaldi de não se coligar na majoritária, sair sozinho na proporcional. É um nó e vamos ter que resolver e encontrar uma solução para isso", constatou.
De acordo com a estimativa de João Maia, para se eleger em uma chapa solitária, Henrique teria que ter, pelo menos, 220 mil votos, o que seria muito difícil. O deputado espera encontrar uma solução conjunta com os partidos da base de Lula. Ele contou ainda a impressão que teve da reação do peemedebista à decisão do TRE.
"Henrique está numa situação delicada, porque eu sinto que ele tem uma vida junto com Garibaldi e não acho que ele vai confrontá-lo. E ontem, o que nós decidimos de concreto é que vamos nos reunir, discutir alternativas e encontrar soluções", disse o republicano.
João Maia também fez projeções sobre as possíveis soluções para que o PMDB não fique sozinho nas eleições proporcionais. O republicano admitiu que não restam muitas alternativas e reforçou a necessidade de os membros da base governista se reunirem para discutir o problema causado pela decisão judicial.
"Nós não temos muitas alternativas. O que nós temos é um de nós não se coligar na majoritária, e aí tem perdas e danos. Porque se não nos coligarmos na majoritária, podemos nos aliar ao PMDB na proporcional, mas isso tem o custo, que é tirar tempo de televisão da candidatura majoritária, enfraquecendo a candidatura. É uma alternativa" sugeriu.
Maia também cogitou a possibilidade de formar aliança com o PV. "Outra alternativa seria procurar uma aliança com o PV. A gente [PR] não se coliga do lado de cá [na majoritária governista], sem o PV não se coligar do lado de lá [na majoritária de oposição]. Dessa forma, zera o jogo. Mas tudo isso depende de muita conversa, de fazer conta e de negociar", finalizou.
Fonte: https://www.correiodatarde.com.br/editorias/correio_politico-53237